Enquanto os tricolores morrem de saudade do ídolo, agora jogador do PSG,
um outro Lucas começou a se destacar no clube nesta quarta-feira, no
primeiro treino coletivo da intertemporada no CT de Cotia.
Promovido da base na semana passada, Lucas Evangelista, de apenas 18
anos, foi um dos destaques da atividade. Na equipe reserva, fez boas
jogadas pelo lado esquerdo em cima de Douglas. O rendimento satisfatório lhe rendeu um lugar no time principal no segundo tempo do treinamento. Posicionado pela direita, entortou Edson Silva e tocou para o Fabuloso fazer de letra.
Motivo de festa para um garoto desconhecido? Não para o "novo Lucas", que prefere adotar um discurso humilde.
"Fui razoável. Aos poucos, vou mostrando o que sei fazer e vou me soltando nos treinos. Dei o meu melhor e saí de cabeça erguida" Afirmou.
Lucas ganhou a oportunidade depois que a diretoria decidiu mexer no
grupo e dispensar sete jogadores após os fracassos no início do ano.
Além dele, os zagueiros Lucas Cavalcante e Diego e o volante Allan
subiram da base. Mas chegar ao profissional com o nome do último ídolo
do clube não é fácil.
"É um nome que pesa. Mas eu sou o Lucas Evangelista, e ele é o Lucas
Moura. Ele fez a história dele e isso ficará para sempre. Estou tendo
essa oportunidade e quero fazer minha história. Acho que somos parecidos
na raça, na vontade, na entrega dentro de campo" Disse o jogador.
Natural de Limeira, Lucas chegou ao clube aos 11 anos, mas acabou
liberado aos 14, quando passaria a ficar alojado no Morumbi. Sem espaço,
foi levado ao Desportivo Brasil. Por coincidência, chamou a atenção do mesmo São Paulo dois anos depois
em um torneio em Votorantim e retornou, mas em outra condição.
Agora, o jogador tem a maioria dos direitos presos ao Desportivo e está
emprestado ao Tricolor até o fim de junho de 2014. O clube da capital é
dono de 30% dele e negocia a compra de outros 30% para ficar com ele de
vez.
Até lá, o garoto precisa convencer Ney Franco de que tem condição de
seguir no elenco profissional. Usado também na lateral esquerda na
última edição da Copa São Paulo de Juniores, o atacante luta por espaço
em um grupo que ainda não se encontrou em 2013.
"Minha preferência é o ataque, mas o que o Ney precisar, estou disposto a fazer" Prometeu.
A preocupação, neste momento, é apenas uma: escapar de uma possível bronca de Edson Silva após o drible desconcertante.
"Ele não falou nada depois do drible, mas...Deus me livre, ele é muito forte (risos)
" Concluiu.
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